quinta-feira, 7 de junho de 2012

Vilafranquense vence Taça AFL 2011/12

Do banco veio a diferença: primeiro foi o golão arrepiante de Alfredo Fernandes, operando Milton o volte-face em cima do minuto 90. Pois é: futebol total é este, o do Atlético Digital! O Vilafranquense é o grande vencedor da Taça AFL, mas o Linda-a-Velha foi um digno vencido, estão ambos de PARABÉNS. Na zona de entrevistas, espaço para os comentários dos treinadores Pedro Borreicho (Vilafranquense) e Carlos Magalhães (Linda-a-Velha). Era surpreendente o empate a zero registado ao intervalo, face às oportunidades desperdiçadas de parte a parte. O Linda-a-Velha apostou então em refrescar a ala direita do ataque com a entrada de Fábio Teixeira, não tardando a adiantar-se no marcador. A reacção do Vilafranquense parecia estar controlada, até que um golão arrepiante de Alfredo Fernandes veio empatar a partida e relançar o jogo. O 2-1 final surgiu de livre, em cima do minuto 90. Assim se poderá resumir a partida. O Vilafranquense entrou em 3x5x2... Centrais Bruno Neves e Ricardo Rocha, apoiados por Fábio Rosa. Os alas respondiam pelos nomes de Nuno Batista (direita) e Félix (esquerda). Do trio no meio-campo, Paulo Sérgio era um elemento mais defensivo, por comparação com Guilherme Ferreira e João Castro. O duo atacante respondia pelos nomes de Paulo Grazina e Bruno Pernes. Quanto ao Linda-a-Velha, terá apostado antes num 4x1x3x2... Centrais Xapa e Chico, ladeados por Tiago (direita) e Vítor (esquerda). Café era o médio mais recuado, atrás de um trio composto por João Lopes, Rodri e Luís Santos. André Figueiredo era a referência no ataque, apoiado por Filipe Costa. Cumpre-nos destacar a festa bonita que foi esta Final da Taça AFL. Bancadas coloridas, muito público e entusiasta, aliás não teria sido nada de mais se este espectáculo tivesse chegado a um público mais vasto através de uma transmissão televisiva... Afinal há cada jogo mais deslavado que por lá passa! Mas isto são tergiversações: retomemos mas é o artigo. Feitas as apresentações e ensaiados os primeiros lances de perigo, através de cantos junto de uma e outra baliza, tentámos perceber quais os pontos fortes dos dois conjuntos. Do Vilafranquense temos a destacar o seu ataque, em que o irrequietismo de Paulo Grazina combinava bem com a velocidade de Bruno Pernes. Como trinco, Fábio Rosa mostrou-se particularmente atento... E precisava de o ser, perante o poderoso meio-campo do Linda-a-Velha. É certo que o João Lopes entrou bem mas foi perdendo gás, condicionado pelo "amarelo" que levou ainda no decurso do primeiro tempo. Temos sobretudo em mente a superior técnica de Luís Santos e a tranquilidade e visão de Rodri. Rubricou o Linda-a-Velha os primeiros lances de frissom, ambos provenientes da direita e tendo como protagonistas Filipe Costa e Luís Santos. Da primeira vez atrapalharam-se mutuamente, mas da segunda achamos que ninguém sabe como é que aquilo não deu em golo! Aos 19 minutos foi a vez do Vilafranquense ripostar através do aproveitamento de uma perda defensiva, inflitrando-se Bruno Pernes, que viu o seu remate ser defendido pelo guarda-redes Káká. Aproveitando esse élan, Nuno Baptista cruzou e Paulo Grazina simulou, mas a defesa do Linda-a-Velha estava atenta e respondeu com um ataque rápido que por pouco não dava golo a Rodri. Seguiu-se Luís Santos, que tirou o chapéu ao guarda-redes Carlos Fialho, mas um seu defesa substituiu-o e evitou o golo. Por esta altura marcava o cronómetro 22 minutos. Um ritmo destes não é para qualquer um! Se até meio da primeira parte o grosso das oportunidades tinha sido para o Linda-a-Velha, o Vilafranquense equilibrou essa contagem no tempo restante, até ao intervalo. Temos em mente a intercepção de João Castro, que depois de combinada com Paulo Grazina e Guilherme Ferreira, acabou num canto em que a bola nos pareceu ter sido cabeceada ao poste, isto aos 26 minutos. Dez minutos volvidos, entre Fábio Rosa e Bruno Pernes, Káká defendeu mas a bola sobrou para Paulo Sérgio, mal na recarga. Ao intervalo o treinador Carlos Magalhães lançou em campo Fábio Teixeira, que se veio posicionar como extremo-direito, evoluindo o xadrez táctico para um 4x3x3. Funcionou em pleno. Não só Fábio Teixeira entrou bem, muito aguerrido, como o golo não tardou a surgir, aos 51 minutos: cruzamento da direita e Filipe Costa, de cabeça, facturou. Tentou reagir o Vilafranquense, mas o esforço de Paulo Grazina, com maior ou menor dificuldade, parecia sob controlo. Nem sempre tudo corria bem, todavia. Temos em mente aquela atrapalhação mútua entre Káká e Xapa, aos 59 minutos, mas Bruno Pernes não foi suficientemente lesto e o lance gorou-se. Foi então a vez do treinador Pedro Borreicho mexer na equipa. Refrescou o ataque com Alfredo Fernandes, que passou a acompanhar Paulo Grazina, e meio-campo, com Diogo Calisto. Os alas passaram a laterais puros e Bruno Pernes recuou para o meio-campo. Por outras palavras, tacticamente evoluiu-se para um 4x1x3x2. Não fez diferença: apenas por dizer que ainda vimos Félix rematar ao lado. O Linda-a-Velha podia ter resolvido num dos contra-ataques que gizou, mas o que começava bem perdia-se algures pelo meio. É natural pensar-se na exaustão dos jogadores, para mais neste contexto de final de época. Aos 72 minutos nova leva de substituições no Vilafranquense, com a troca de Paulo Grazina (certamente exausto) por Hernâni Oliveira e de Félix por Milton. Com o meio-campo ofensivo composto por Bruno Pernes, Diogo Calisto e Milton, tal levou ao recuo de Paulo Sérgio (para médio-defensivo) e Fábio Rosa (provavelmente para central). E eis-nos chegado ao momento do jogo! Sem que o conseguíssemos prever, pura magia ou maldição (aí, fica ao gosto do leitor), Alfredo Fernandes, a meio do meio-campo, na esquerda, arrancou um pontapé que a princípio julgámos ser centro, mas que se traduziu num monumental chapéu a Káká. Carlos Magalhães respondeu de imediato, refrescando todos os sectores com Laborde (lateral-direito), Nani (meio-campo) e Toni (ataque). A galvanização da equipa rumo ao ataque terá ficado aquém do esperado, se pensarmos que o melhor que produziu foi uma boa abertura para Fábio Teixeira, que rematou com má direcção. Em cima do minuto 90 Vítor fez falta em zona frontal e do livre respectivo Milton rematou a contar, fora do alcance de Káká. Estava feito o volte-face! Claro que a festa entre jogadores e adeptos do Vilafranquense é indescritível, pensamos ser melhor ver as fotografias nas Galerias para ter uma ideia do que foi. Ainda faltava jogar os derradeiros cinco minutos do tempo de compensação. O Linda-a-Velha carregou e ganhou livre e canto. No primeiro, o cabeceamento de Chico foi facilmente encaixado por Carlos Fialho. No segundo, mesmo com a subida de Káká, já em desespero, também não deu em nada. A Taça ia a caminho de Vila Franca de Xira, para gáudio das suas gentes. Uma palavra final para dar os Parabéns ao Vilafranquense, a todo o Clube, incluindo sócios e adeptos. No mesmo tom, está igualmente de Parabéns o Linda-a-Velha. Não há que esquecer a Equipa de Arbitragem, serena e em conformidade com um jogo em que o respeito mútuo foi nota dominante. Por último, felicitar a Organização, pois claro! Foi uma festa muito bonita. Estádio 1º de Maio do Inatel (Lisboa), 3 de Junho de 2012, 17:00 horas. Final da Taça AFL, 2011/2012. Sob a arbitragem de Manuel Costa, as equipas alinharam: Vilafranquense: 1- Carlos Fialho; 2- Nuno Batista, 3- Ricardo Rocha, 4- Bruno Neves e 5- Félix (13- Milton, aos 72'); 6- Paulo Sérgio, 7- Fábio Rosa, 8- Guilherme Ferreira (18- Alfredo Fernandes, aos 61') e 9- Paulo Grazina (17- Hernâni Oliveira, aos 72'); 10- João Castro "cap." (14- Diogo Calisto, aos 61') e 11- Bruno Pernes. Treinador: Pedro Borreicho. Linda-a-Velha: 1- Káká; 3- Chico, 8- João Lopes, 11- Filipe Costa (2- Laborde, aos 76') e 13- Luís Santos (9- Fábio Teixeira, ao intervalo); 14- Rodri (18- Toni, aos 76'), 16- Café "cap.", 21- Xapa e 22- Vítor; 23- Tiago (17- Nani, aos 76') e 25- André Figueiredo. Treinador: Carlos Magalhães. Golos: 0-1, Filipe Costa (51'); 1-1, Alfredo Fernandes (76'); 2-1, Milton (90'). Acções disciplinares: amarelos para Milton (Vilafranquense); Café, João Lopes e Vítor (Linda-a-Velha). Observação: com a substituição de João Castro, aos 61', a braçadeira de "capitão" passou para Carlos Fialho (Vilafranquense). Conversámos com o treinador Pedro Borreicho (VILAFRANQUENSE), junto de quem recolhemos os seguintes comentários: Esta organização que se está a promover é óptima para os clubes, para a própria Associação e para o futebol em geral. Foi um excelente espectáculo. Não contei bem, mas a primeira parte talvez pudesse ter acabado com um resultado de 5-5, com tantas oportunidades de parte a parte. Depois de estarmos em desvantagem, aí foi bastante complicado, considerando a fase da época e o calor que se fazia sentir. Conseguimos empatar na jogada mais imprevista de todas, um centro/remate de fora da área. O 2-1, esse surgiu de livre directo. Fomos tudo uma questão de pormenores, mas merecemos ser felizes. Os meus Parabéns ao Linda-a-Velha, que foi um excelente opositor. Para o ano, o vencedor da Taça AFL terá acesso directo à Taça de Portugal. Que acha disso? É bom. É mais um motivo de prestígio para os clubes da AFL, que os empolgará. Vai continuar no Vilafranquense? Em princípio, sim. Fonte: Atlético Digital

0 comentários: