sábado, 19 de novembro de 2011

Imprensa: Futuro da UDV passa por Comissão Admnistrativa

Como se esperava, não apareceu nenhuma lista candidata aos orgãos directivos da União Desportiva Vilafranquense (UDV) na assembleia-geral realizada na passada sexta-feira . Depois de uma reunião do plenário dos corpos directivos do clube que deverá ocorrer na próxima semana, a solução imediata deverá passar por uma comissão admnistrativa que asumirá a gestão corrente da UDV na expectativa de que surja depois uma nova equipa candidata à direcção. Mas a falta de interesse dos sócios pela assembleia do passado dia 4 foi manifestamente preocupante. Embora já se soubesse que não havia lista candidata, o certo é que a uma assembleia importante da vida do clube compareceram apenas 11 elementos dos orgãos directivos cessantes e mais dois (?!) sócios.

Luís Santos, presidente da assembleia-geral da UDV, começou por ler uma carta de demissão enviada por Rui de Carvalho já depois da anterior assembleia, realizada em Junho. O antigo responsável da Secção de Hóquei em Patins afirma a sua discordância com a distribuição de verbas que a direcção foi fazendo pelas secções e com a forma como foi elaborado o material de divulgação de iniciativas realizadas no Verão.

Depois, o presidente da mesa da assembleia vincou que não lhe foi apresentada nenhuma lista candidata a gerir o clube no biénio 2011/2013 e que, nos termos dos estatutos, deverá reunir o plenário dos orgãos directivos para analisar a situação. "Tenho informação que um grupo de pessoas está disponível para trabalhar no âmbito de uma comissão admnistrativa", prosseguiu. Isso mesmo foi confirmado pelo presidente cessante, Joaquim Pedrosa, que explicou que a direcção reuniu no dia 1 "na perpectiva de se arranjar uma comissão admnistrativa, foram convocados os seccionistas e estão disponiveis para assumir essa missão", esclareceu, frisando que a grande dificuldade é que não se encontra ninguém interessado em assumir o cargo de presidente da UDV. "Acima de tudo há a dificuldade em arranjar um presidente. E como existe essa dificuldade, tem que se ir para a solução de comissão admnistrativa", vincou.

Nuno Bico acrescentou que há dois meses que se prrocura encontrar um candidato a presidente. "Fizemos contactos com quatro ou cinco pessoas, mas não aceitaram", referiu. Luís Feijão, tesoureiro da direcção cessante, é um dos elementos que já se mostrou ´disponível para integrar a comissão admnistrativa. Em declarações ao Voz Ribatejana explicou que há duas ou três pessoas da actual direcção (começou com 15 elementos e estava reduzida a sete ou oito) que estão disponíveis para participar na comissão, que integrará também pessoas das secções.

"Esperamos que as coisas não se alarguem no tempo. O problema aqui era ter uma pessoa com disponibilidade para o cargo de presidente", frisou, salientando que esta comissão deverá assegurar a gestão corrente do clube, mas vai enfrentar a necessidade de tomar medidas para equilibrar as contas mensais e tentar pagar as mensalidades assumidas com as Finanças e com a Segurança Social. "O problema em termos desportivos está praticamente resolvido com o campo sintético. O problema do clube é, basicamente, financeiro, por causa da dívida que tem", salientou. "A comissão vai ter que tomar medidas. Ou as receitas crescem ou corta nas despesas. As receitas são, provavelmente, mais dificeis de conseguir neste momento do que cortar nas despesas", admite. Certo é que Luís Feijão espera que, depois de algum tempo de trabalho na forma de comissão, seja possível que algumas pessoas conheçam melhor o espírito e a realidade do clube e se consiga formar uma lista para a direcção.

por Jorge Talixa para o jornal Voz Ribatejana

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